Um auxiliar do gabinete pessoal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) morreu em decorrência da Covid-19 no início do mês, mas a informação foi mantida sob sigilo pelo Palácio do Planalto. A notícia da morte foi revelada pelo site O Antagonista e confirmada pelo jornal O Globo com fontes do gabinete pessoal de Bolsonaro.

A morte de Silvio Kammers, um dos ajudantes de ordem do presidente, é a primeira do entorno de Bolsonaro, mas a segunda do Palácio do Planalto. No ano passado, uma servidora da Secretaria de Governo também morreu por conta da Covid-19.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência admitiu a morte do servidor do Planalto, mas não quis revelar o nome do funcionário. “Houve um óbito por Covid, mas não será divulgado o nome em respeito à privacidade do servidor e de sua família”, disse a pasta.

De acordo com o jornal, na semana passada, o governo editou uma portaria para declarar vago o cargo de Krammers, por conta do seu falecimento, mas sem informar a causa. O documento foi assinado pelo chefe dos assessores especiais da Presidência, Célio Faria Júnior, em 9 de março.

No dia 10, Bolsonaro disse em cerimônia no Planalto que desconhecia “uma só pessoa” do prédio que tenha precisado de internação hospitalar após contrair a doença, e voltou a falar sobre remédios sem eficácia contra a Covid-19.

“Muitos têm sido salvos no Brasil com esse atendimento imediato, neste prédio mesmo, mais de 200 pessoas contraíram a Covid e quase todas, pelo que eu tenha conhecimento, inclusive eu, buscou esse tratamento imediato com uma cesta de produtos como a ivermectina, a hidroxicloroquina, a Anita, a Azitromicina, vitamina D, entre outros, que não tiveram sucesso. Desconheço que uma só pessoa deste prédio tenha ido ao hospital se internar”, disse o presidente.