Paulo Autuori foi convencido a ser o técnico do Cruzeiro na reta final do Brasileirão, mesmo insistindo que não sonha em dirigir mais clubes nacionais. Com o clube em situação delicada no Brasileirão, afirmou que a equipe precisa mostrar competência nos jogos a menos, a começar diante do Fortaleza, neste sábado. “Nós temos apenas uma coisas a fazer neste jogo, que é ganhar, buscar a vitória.”

Com um ponto a menos que o Bahia na tabela e abrindo a zona de queda, o Cruzeiro não deixa a faixa de queda com empate por causa dos critérios de desempate. Depois deste jogo, o time recebe o Vasco, em confronto direto, para ficar em igual à concorrência em jogos na tabela.

Sem deixar a função de diretor técnico e apenas “quebrando um galho”, Autuori chamou a atenção pelo desânimo durante sua coletiva. O dirigente não se mostrou à vontade em assumir o cargo, mas cobrou melhora do time.

“Ao longos desses 49 anos de futebol, tenho deixado claro coisas que, para mim, são imutáveis. O futebol é vida. Não quero mais ser treinador no Brasil, não vou ser. Sempre fui um critico daquilo que foi o futebol brasileiro”, disparou, avisando que depois deste Brasileirão, não pensa em jamais ser interino.

Sobre o que pretende nesta reta final, vê os próximos jogos como decisivos. “Temos dois jogos a menos que os adversários. Se formos competentes, e este é o nosso desafio, podemos sair desta situação”, enfatizou. Um triunfo já tira o Cruzeiro da zona de queda, mas a equipe vem acumulando insucessos.

Frisou, contudo, que o clube está na situação delicada por seus problemas, mas celebrou que o Cruzeiro ainda não depende dos outros. “Está em nossa mão (a fuga da queda). Ouço falar que o Botafogo ainda tem um jogo a cumprir (e pode voltar à liderança e ser campeão). Mas não ouço falar que o Cruzeiro tem dois jogos a menos que os rivais. Ele está, mas não é da zona de rebaixamento. Vamos ver se as coisas acontecem.”