Agentes do serviço de inteligência da Venezuela prenderam, nesta segunda-feira (15), o coordenador de gestão pública do Vente Venezuela, partido liderado pela líder da oposição e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, informou a organização nas redes sociais.
Na Venezuela, há pelo menos 889 “presos políticos”, segundo a ONG “Foro Penal”, que lidera a defesa jurídica na maioria desses casos. Defensores dos direitos humanos alertam para padrões sistemáticos de perseguição política que incluem “detenções arbitrárias” e “desaparecimentos forçados”.
O comitê de direitos humanos do Vente Venezuela denunciou o “sequestro” de Melquiades Pulido García pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).
“O líder foi interceptado por uma unidade do Sebin enquanto caminhava. Disseram-lhe que era procurado e levaram-no à força” na manhã de segunda-feira, disse na rede X.
Pulido García sofre de doença de Parkinson e “tem um problema de coagulação que exige cuidados médicos extremos” para evitar problemas cardíacos, informou o Vente Venezuela, que exigiu sua libertação imediata e a de todos os presos políticos.
Uma equipe de especialistas da ONU alertou em setembro para um ressurgimento da perseguição política nos últimos meses na Venezuela.
O Sebin prendeu José Elías Torres, coordenador-geral do principal sindicato do país, em 29 de novembro, e Nicmer Evans, diretor do portal de notícias digital Punto de Corte, no último sábado.
Um grupo de familiares que representam cerca de 900 “presos políticos” exigiu, no domingo, a libertação de seus entes queridos até o Natal.
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