Autoridades russas fazem ação contra rede de call centers que aplicava golpes em brasileiros

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De acordo com as autoridades, a receita diária do esquema era de um milhão de dólares Foto: Reprodução/Twitter/RT

O FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia – em tradução) informou nesta segunda-feira, 9, que prendeu 11 empregados de uma rede de call centers que aplicava golpes em 100 mil pessoas de 50 diferentes países, incluindo o Brasil. De acordo com as autoridades, a receita diária do esquema era de um milhão de dólares (cerca de R$ 6 milhões).

Conforme o FSB, a rede de call centers operava sob os interesses de David Kezerashvili, ex-ministro da Defesa da Geórgia e fundador do Milton Group que estaria foragido em Londres. Um porta-voz do acusado se recusou a comentar o caso. As informações são da “Reuters” e do “The Moscow Times”.

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A organização criminosa operava centros de atendimento com o pretexto de realizar acordos de investimento, mas cometia fraudes contra cidadãos de países da União Europeia, do Reino Unido, Japão, Canadá, Índia e outros territórios. Apesar de funcionários e gerentes terem sido presos, as investigações ainda continuam.

Segundo a FSB, o chefe da rede de call centers foi identificado como J. D. Keselman, um homem com cidadania israelense e ucraniana que se identificava como “O Lobo de Kiev”, em uma referência ao filme “O Lobo de Wall Street”.

De acordo com o consórcio OCCRP (Projeto de Denúncia do Crime Organizado e Corrupção – em tradução), um informante de um dos call centers relatou que as vítimas entravam em contato por meio de anúncios de investimentos com promessas de altos retornos nas redes sociais e, depois de inserirem contato, recebiam ligações sobre vendas.

Conforme a entidade, as vítimas faziam um investimento que trazia altos lucros rapidamente, entretanto, os valores que aparentavam ter sido arrecadados pelos clientes eram falsos.