Autoridades brasileiras preparavam um resgate financeiro após o colapso do Banco Master, causado por uma suposta fraude que poderia chegar a R$ 12 bilhões.
O Banco Central ordenou nesta terça-feira a liquidação do banco, devido a uma “crise de liquidez grave” e a violações de normas. A polícia prendeu o dono do banco, Daniel Vorcaro, e outros executivos, durante uma investigação sobre supostas carteiras de crédito sem garantia.
Vorcaro foi preso no aeroporto de Guarulhos, quando se preparava para embarcar em um voo internacional. A polícia confiscou carros de luxo e obras de arte, entre outros bens.
A operação também teve como alvos executivos do banco estatal BRB, de Brasília, em meio a temores de que a instituição tenha adquirido créditos fraudulentos do Master. Consultado pela AFP, o BRB informou hoje que abriu uma investigação e que “segue operando normalmente”.
O diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou a legisladores que a fraude no Banco Master pode chegar a cerca de 12 bilhões de reais.
O banco concentra menos de 1% do total de ativos e captações do sistema financeiro nacional, segundo o Banco Central. O colapso da instituição ativou o Fundo Garantidor de Créditos, que anunciou que dará início ao processo de pagamento de garantias.
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