Autoridades mundiais repudiaram os ataques aéreos de Israel, no domingo, 25, que mataram pelo menos 30 palestinos em toda a Faixa de Gaza, incluindo um jornalista local e um funcionário do serviço de resgate.
O ministro do Exterior israelense, Gideon Saar, classificou o assassinato de dois jovens funcionário da Embaixada de Israel em Washington como uma “tóxica incitação antissemita” difundida também por líderes europeus, que pressionam por um cessar-fogo em Gaza.
+ Ataques israelenses matam 30 em Gaza, incluindo um jornalista
Além dele, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, descreveu o objetivo da nova ofensiva contra o povo palestino: “Destruir o que resta da Faixa simplesmente, porque tudo ali é uma grande cidade do terror”.
Durante um encontro em Madri, na Espanha, para discutir sobre a criação do Estado da Palestina, no domingo, o ministro da Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, pediu a implementação se sanções contra Israel, e solicitou ainda aos parceiros que impusessem um embargo de armas a Israel.
União Europeia, França e Reino Unido também reagiram aos ataques e exigiram o fim da ofensiva. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o ocorrido como um “genocídio” e lamentou a morte de nove filhos de uma médica palestina.
“A morte de 9 dos 10 filhos da médica palestina Alaa Al-Naijar como consequência de um ataque do governo de Israel é mais um ato vergonhoso e covarde. Seu único filho sobrevivente e seu marido, também médico, seguem internados em estado crítico”, escreveu nas redes sociais. Segundo o petista, “o que vimo hoje em Gaza é vingança”.
O Brasil historicamente defende como solução do conflito a criação de dois Estados: o de Israel e o da Palestina. No evento da Espanha, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu o reconhecimento internacional do estado palestino e a admissão como membro pleno da ONU (Organização das Nações Unidas).