As cenas caóticas na entrada do Stade de France, nos arredores de Paris, para a final da Liga dos Campeões, no sábado, rodaram o mundo. Tumulto, desordem e confusão fizeram com que a Uefa adiasse em mais de 30 minutos o jogo decisivo entre Liverpool e Real Madrid. A ministra de Esportes da França, Amelie Oudea-Castera, rebateu as críticas pela desorganização e disse que a culpa foi dos milhares de torcedores sem ingresso.

“O que realmente temos que ter em mente é que o que aconteceu antes de tudo foi essa aglomeração em massa de torcedores ingleses do Liverpool, sem ingressos ou com ingressos falsos”, afirmou a autoridade à rádio francesa RTL, antes da reunião para discutir os eventos do último sábado.

“Algumas pessoas compraram ingressos e foram privadas de um jogo e gostaríamos de dizer o quanto lamentamos a todas essas pessoas porque a sua experiência de sábado foi completamente estragada. Pedimos à Uefa que essas pessoas fossem identificadas e poderiam ser compensadas logo para tentar superar sua frustração”, disse a ministra em pronunciamento, alegando que entre 30 mil e 40 mil pessoas estavam sem ingressos ou com bilhetes falsos.

O ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, também isentou as autoridades do país de culpa pelo caos e disse que uma “fraude em nível industrial” foi a grande responsável pela confusão antes da decisão europeia, dizendo que 70% das pessoas que tentaram entrar no estádio tinham bilhetes falsos.

Grandes aglomerações de torcedores ficaram impossibilitados de entrar no estádio meia hora antes do jogo. A falha no controle do acesso do público provocou um adiamento da partida em mais de 30 minutos. Imagens das câmeras de TV flagraram dezenas de torcedores pulando as grades de acesso. Agentes de segurança foram criticados por usarem gás de pimenta em torcedores, incluindo crianças.

O CEO do Liverpool, Billy Hogan, disse que o clube quer uma “investigação transparente” da Uefa, que culpou a grande quantidade de torcedores com ingressos falsos. A ministra do Esporte da Grã-Bretanha, Nadine Dorries, também pediu que a entidade europeia investigue os eventos antes da final.

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