Autoridades espanholas pedem calma após incidentes anti-imigrantes em Múrcia

As autoridades espanholas pediram calma neste domingo (13) na cidade de Torre Pacheco, na região de Múrcia, após a segunda noite de incidentes anti-imigrantes devido a um ataque a um aposentado.

“Torre Pacheco precisa voltar à normalidade (…) Entendo a frustração, mas nada justifica a violência”, escreveu o presidente conservador desta região no sudeste da Espanha, Fernando López Miras, em uma mensagem na rede X.

Os distúrbios nesta cidade de 36.000 habitantes começaram depois que um aposentado foi agredido na quarta-feira por três jovens que estão sendo procurados pela polícia.

Este incidente “não ficará impune”, afirmou López Miras.

“Tenho que pedir calma, paz aos meus vizinhos”, insistiu o prefeito da cidade, Pedro Ángel Roca Ternel, também membro do Partido Popular (PP), em declarações à Televisión Española.

Na madrugada deste domingo, uma segunda noite consecutiva de violência ocorreu em Torre Pacheco, localizada no coração dos pomares de Múrcia, uma área de intensa atividade agrícola.

Segundo o jornal La Opinión de Murcia, vários grupos de pessoas percorreram as ruas da cidade armados com cassetetes, procurando por estrangeiros, apesar da mobilização de uma força policial significativa.

Nos confrontos, que envolveram forças de segurança, moradores locais e jovens imigrantes, várias pessoas ficaram feridas e pelo menos uma foi presa, segundo a delegação do governo.

Esses incidentes ocorreram após um morador de 68 anos ser atacado na rua, o que foi registrado e publicado nas redes sociais.

O homem, chamado Domingo, com o rosto coberto de ferimentos, contou à imprensa que foi atacado na quarta-feira por três jovens de origem magrebina, sem motivo aparente.

A prefeitura organizou uma manifestação na tarde de sexta-feira, mas, apesar do propósito pacífico, ela se degenerou devido à presença de grupos de extrema direita, que espalhavam slogans anti-imigrantes, segundo as autoridades.

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