Após o ataque mortal em Moscou, várias autoridades do governo do presidente russo, Vladimir Putin, pediram a suspensão da moratória sobre a pena de morte para “terroristas”.

“Hoje, muitas pessoas levantam a questão da pena de morte (…). Será tomada uma decisão que atenda às expectativas da nossa sociedade”, comentou Vladimir Vasiliev, chefe do grupo parlamentar do partido governante Rússia Unida, sobre o levantamento da moratória em vigor desde 1996.

Outro parlamentar, Yuri Afonin, responsável pelas questões de segurança, garantiu que “quando falamos de terrorismo, de assassinato de pessoas, a pena de morte deve ser reinstaurada no âmbito do direito penal”.

Serguei Mironov, uma figura importante do partido pró-Kremlin “Rússia Justa”, também apelou ao “estabelecimento da pena de morte para pessoas que cometem atos terroristas”.

A Rússia considera grupos jihadistas como o Estado Islâmico, que assumiu a responsabilidade pelo ataque que deixou pelo menos 133 mortos na sexta-feira em uma casa de shows nos arredores de Moscou, como “terroristas” e “extremistas”.

Mas também qualifica vários adversários e líderes ucranianos da mesma forma.

Este mês, a Rússia incluiu o “movimento LGBT internacional” na sua lista de organizações terroristas, elaborada pelos serviços financeiros russos.

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