STRBSKE PLESO, Eslováquia (Reuters) – O Banco Central Europeu precisa pensar sobre a saída de seu suporte monetário e fiscal adotado durante a pandemia de coronavírus mesmo que isso não agrade governos, disseram nesta terça-feira três de suas autoridades.
Os presidentes dos bancos centrais de Bélgica, Pierre Wunsch; Eslováquia Peter Kazimir; e Eslovênia, Bostjan Vasle, discutiram o fim das medidas extraordinárias de estímulo, decisão esperada para dezembro.
“Agora o nome do jogo é saída”, disse Wunsch durante painel de discussão com seus dois colegas em evento na Eslováquia.
“E a saída será difícil porque será sobre menos, não mais”, acrescentou.
Ao injetar 1,4 trilhão de euros no mercado de títulos desde março de 2020, o Programa Emergencial de Compras da Pandemia (PEPP) ajudou governos a financiarem déficits recordes a custos ultrabaixos.
Mas isso agora está se aproximando do fim, disse o trio.
“No momento somos os melhores amigos dos ministros das Finanças, mas isso não vai durar para sempre”, disse Kazimir no mesmo painel.
Vasle também afirmou ver “potencial para mais tensão entre banqueiros centrais e governos” quando o BCE normalizar sua política monetária.
A expectativa é de que o BCE finalize o PEPP em março de 2022 mas continue com seu Programa de Compras de Ativos, menor, depois dessa data, com o debate agora centrado em quantos títulos o BCE deveria continuar a comprar e por quanto tempo.
“Não sou a favor de dobrar a aposta a cada vez que não funciona, mas sou a favor de ter paciência”, disse Wuhsch.
(Reportagem de Balazs Koranyi)