A Promotoria do estado mexicano de Nuevo León informou nesta quarta-feira (11) que o suicídio é uma das principais linhas de investigação sobre a morte de uma jovem que havia sido reportada como desaparecida há mais de um mês.
“Foi feita uma análise inicial detalhada, não é conclusiva, mas até o momento (…) foi solidificada, consolidada sobretudo a linha de investigação orientada a um suicídio”, declarou em coletiva de imprensa Luis Enrique Orozco, vice-promotor de Nuevo León, estado no norte do México.
O corpo de Yolanda Martínez, de 26 anos, foi encontrado em um prédio do município de Juárez, na periferia de Monterrey, a capital de Nuevo León, e em meio à indignação no país pela ainda não explicada morte da jovem Debanhi Escobar, do mesmo estado.
O desaparecimento da mulher foi notificado em 31 de março na colônia Constituyentes de Querétaro, localizada no município de San Nicolás de los Garza, Nuevo León.
“Conforme avançou a investigação, a análise de evidências periciais, a teoria de feminicídio foi enfraquecendo”, disse Orozco. O corpo de Yolanda “não apresenta nenhum indício de lesões ou tortura”, explicou.
Ele esclareceu, porém, que “ainda está em andamento o parecer da autópsia” para determinar a causa da morte. “Está sendo analisada a necessidade de designar especialistas de outras partes do país, de estrangeiros”, afirmou.
O último testemunho do paradeiro da jovem é um vídeo de uma câmera de segurança que a mostra saindo de sua casa com a intenção de procurar emprego, segundo disse seu pai à imprensa.
A morte de Yolanda disparou a atenção midiática na esteira da morte de Debanhi Escobar, de 18 anos, que desapareceu na noite de 8 de abril nos arredores de Monterrey. Seu corpo foi encontrado em 21 de abril no fundo da cisterna de um motel.
O caso gerou indignação no país e protestos de coletivos feministas. Ambas as mortes colocaram em evidência a gravidade da violência de gênero no México, onde são assassinadas em média 10 mulheres por dia, segundo dados oficiais.