Autoridades da Costa Rica alertaram, nesta segunda-feira (19), sobre a potencial formação de um “megacartel” de narcotraficantes locais, que supostamente compram a droga na Colômbia e a transportam pelo mar ao país centro-americano.

“O fato de que costarriquenhos se deslocam ao território colombiano para adquirir droga e buscam transferi-la internacionalmente à Costa Rica em barcos costarriquenhos com tripulação nacional confirma (…) o risco de que no país esteja se formando uma megaquadrilha dedicada ao tráfico de drogas em suas múltiplas facetas”, afirmou o ministro de Segurança Pública, Mario Zamora.

O ministro de reuniu nesta segunda com autoridades da Agência para o Controle de Drogas (DEA) dos Estados Unidos a fim de “melhorar o apoio internacional para a Costa Rica na luta contra o flagelo do narcotráfico”, informou o ministério em um comunicado.

As suspeitas das autoridades sobre a possível criação de um grande cartel de tráfico de drogas costarriquenho se deve às viagens de organizações criminais locais de Limón, cidade na costa do Caribe com o maior porto de exportação da Costa Rica, até a costa do Pacífico e a zona norte fronteiriça com a Nicarágua.

Segundo as autoridades, a droga normalmente chega à costa do Pacífico da Costa Rica em embarcações que saem da Colômbia, atravessam por terra até o litoral do Caribe e é escondida e despachada em contêineres de mercadorias para a Europa e os Estados Unidos.

O Ministério de Segurança Pública confirmou a prisão de vários costarriquenhos por parte da Colômbia com toneladas de maconha e uma “significativa quantidade de cocaína”, que pretendiam “contrabandear da Colômbia para a Costa Rica”.

A Costa Rica está imersa na operação especial contra o crime organizado “Costa Rica Segura Plus”, que visa enfraquecer a capacidade dos grupos criminosos no país. Só em maio, foram detidas mais de 1.600 pessoas.

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