Autoridade Palestina condena escalada de Israel em Gaza

A Autoridade Palestina criticou duramente, neste sábado (9), a decisão do governo israelense de ampliar suas operações militares em Gaza, e também pediu à comunidade internacional que pressione para permitir a entrada de ajuda humanitária.

Segundo a agência oficial de notícias palestina Wafa, o porta-voz presidencial da Autoridade Palestina, Nabil Abu Rudeineh, afirmou que as medidas do governo de Israel constituem “um desafio e uma provocação sem precedentes à vontade internacional de alcançar a paz e a estabilidade”.

Abu Rudeineh também pediu “à comunidade internacional, liderada pelo Conselho de Segurança da ONU, que obrigue urgentemente o Estado ocupante a cessar sua agressão, permita a entrada de ajuda e trabalhe diligentemente para que o Estado da Palestina possa assumir todas as suas responsabilidades na Faixa de Gaza”, informou a Wafa.

Nesse sentido, a Rússia condenou neste sábado o plano israelense, assegurando que poderia agravar a “catástrofe humanitária” no território palestino.

“A aplicação de tais decisões e planos, que provocam condenação e rejeição, corre o risco de piorar a já dramática situação no enclave palestino, que apresenta todos os sinais de uma catástrofe humanitária”, indicou em nota o ministério russo das Relações Exteriores.

Na sexta-feira, o gabinete de segurança israelense aprovou planos para lançar operações em larga escala e tomar a Cidade de Gaza, o que desencadeou uma onda de indignação em todo o mundo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrenta uma pressão cada vez maior para garantir um cessar-fogo que detenha a fome em Gaza e liberte os reféns sequestrados pelos combatentes islamistas.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em Israel, que causou 1.219 mortes, na maioria de civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

As represálias israelenses, por sua vez, deixaram mais de 61 mil mortos, também civis em sua maioria, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

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