Por Daphne Psaledakis e Laura Sanicola

WASHINGTON (Reuters) – Uma autoridade sênior do Departamento do Tesouro dos EUA disse nesta sexta-feira que a coalizão de países parceiros que impôs sanções à Rússia pela sua invasão à Ucrânia encontrou maneiras efetivas de se comunicar com a China sobre não oferecer apoio material à Rússia.

A autoridade, falando sob condição de anonimato, disse que essa comunicação fez com que, embora China e Rússia sinalizassem uma espécie de parceria aberta, os EUA não viram Pequim enviar à Rússia o tipo de apoio material em uma escala que seria relevante.

Como resultado, a Rússia ainda está focada em apoios da Coreia do Norte e do Irã, disse a autoridade.

Os Estados Unidos e seus aliados, incluindo União Europeia e Reino Unido, impuseram sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia, mais de um ano atrás, e continuam a aumentar a pressão. Desde então, Washington começou uma operação para reprimir as evasões das sanções.

A abordagem de Washington à China até agora tem sido uma comunicação direta com Pequim e países ao redor do mundo sobre os riscos de fornecer apoio material à Rússia, disse a autoridade.

As relações entre EUA e China estão no que alguns analistas veem como o patamar mais baixo desde que Washington normalizou laços com Pequim em 1979 e mudou seu reconhecimento diplomático de Taipei.

Os EUA expressaram preocupação ainda este ano de que a China estivesse considerando fornecer apoio letal à Rússia.

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