Um funcionário curdo de alto escalão na Síria pediu nesta quinta-feira (17) ao governo central que “reconsidere” sua abordagem em relação às minorias após os violentos confrontos na cidade predominantemente drusa de Sweida, que deixaram mais de 500 mortos.
Os combates aumentaram os temores das minorias e levantaram novas dúvidas sobre a capacidade das autoridades de administrar as tensões comunitárias em meio à violência sectária.
“O governo de transição deve empreender uma revisão completa e urgente de sua abordagem para administrar os assuntos internos da Síria e se engajar em um diálogo nacional sério e responsável com todos os componentes do país, respeitando a especificidade e a identidade cultural e religiosa de cada um”, disse Bedran Ciya Kurd na rede social X.
As forças governamentais se retiraram nesta quinta-feira de Sweida, onde haviam se mobilizado no início da semana com o objetivo declarado de encerrar os confrontos entre combatentes drusos e tribos beduínas locais.
Tropas do governo e grupos aliados foram acusados por ONGs, testemunhas e grupos drusos de múltiplos abusos, incluindo execuções sumárias.
Essa violência revive a memória dos massacres ocorridos na costa síria em março, onde mais de 1.700 civis, a maioria alauítas, foram mortos.
“As violações sistemáticas contra os drusos no sul da Síria, assim como violações semelhantes ocorridas anteriormente na costa síria, confirmam claramente a profunda rejeição das autoridades de transição ao pluralismo cultural e religioso”, acrescentou o funcionário.
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