Em um enterro que durou cinco minutos e não teve a presença de familiares, o corpo do vigilante Damião Soares dos Santos, de 50 anos, foi sepultado na tarde de sexta-feira em Janaúba, norte de Minas Gerais. Com clima de revolta na cidade, a “operação abafa” foi montada para evitar transtornos no cemitério – lá estão enterrados todos os mortos do ataque à creche municipal Gente Inocente.

Por volta das 15h30, o corpo de Damião foi retirado do carro funerário e levado para a cova logo em seguida. Naquele momento, o cemitério estava praticamente vazio por causa do velório da professora Heley de Abreu, de 43 anos, que reuniu uma multidão em outro local. Considerada heroína, foi ela quem lutou contra o vigilante.

Apenas uma senhora, amiga da família, acompanhou o enterro. Ela reclamou de não haver nenhum representante da prefeitura por lá, já que Damião prestou serviço de segurança para o município por oito anos. O horário do enterro não foi divulgado com antecedência por nenhum órgão – ao contrário do que ocorreu com as vítimas.


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