Autor de ataque em praia na Austrália acorda de coma

Naveed Akram foi um dos atiradores do ataque que deixou 15 mortos e mais de 40 feridos em praia

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Naveed Akram é um dos autores do ataque que deixou 15 mortos na Austrália Foto: Reprodução

SYDNEY, 16 DEZ (ANSA) – O jovem Naveed Akram, de 24 anos, um dos atiradores do ataque ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, que deixou 15 mortos e mais de 40 feridos, acordou do coma nesta terça-feira (16).

Ele está hospitalizado em estado crítico desde a noite do último domingo (14), após ter sido baleado por policiais durante a intervenção que encerrou o atentado terrorista na Austrália.

Segundo as autoridades, Naveed deverá ser formalmente indiciado assim que seu estado de saúde permitir. Ainda não há informações detalhadas sobre sua condição clínica nem sobre quando poderá prestar depoimento.

O ataque, um dos piores da história do país, deixou 15 mortos e dezenas feridos durante uma celebração judaica em Sydney. O pai de Neveed, Said Akram, de 50 anos, também autor do atentado, foi morto a tiros por um “detetive herói” que interveio no local e é apontado como um dos responsáveis por evitar um número ainda maior de vítimas.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, afirmou que os atiradores – pai e filho – foram motivados por uma “ideologia do Estado Islâmico”. De acordo com ele, há indícios de radicalização ligada ao grupo extremista.

“A perversão radical do Islã é absolutamente um problema”, declarou o premiê em entrevista coletiva, conforme noticiado pelo jornal “New York Times”.

Investigadores relataram que duas bandeiras caseiras do Estado Islâmico foram encontradas no carro usado pelos atacantes, além de artefatos explosivos improvisados.

Paralelamente, a polícia australiana investiga uma viagem feita pelos dois suspeitos às Filipinas cerca de um mês antes do ataque.

Autoridades filipinas confirmaram que Sajid e Naveed Akram chegaram juntos ao país em 1º de novembro, viajando para a cidade de Davao, na ilha de Mindanao, região que abriga grupos rebeldes islâmicos. Pai e filho deixaram as Filipinas em 28 de novembro, retornando a Sydney via Manila.

Alguns veículos de imprensa informaram que os dois teriam recebido treinamento de estilo militar durante a viagem, hipótese que ainda não foi confirmada oficialmente.

Mindanao, a segunda maior ilha das Filipinas, abriga diversos grupos rebeldes islâmicos e há muito tempo é um foco de insurgência contra o governo filipino. Em 2017, militantes afiliados ao Estado Islâmico tomaram o controle da cidade de Marawi, desencadeando um cerco sangrento que durou meses.

(ANSA).