BERLIM, 22 FEV (ANSA) – O suspeito de esfaquear um homem diante do Memorial do Holocausto em Berlim, na Alemanha, é um solicitante de refúgio sírio de 19 anos de idade.
Segundo o Ministério Público alemão, o atentado teve matriz “antissemita”, uma vez que o indivíduo, que foi preso pela polícia, admitiu o desejo de matar judeus.
O ataque ocorreu no início da noite de sexta (21) e atingiu um turista espanhol de 30 anos, internado em estado grave, mas que não corre mais risco de morte.
O caso se segue a uma série de atos extremistas na Alemanha, incluindo o atropelamento que matou cinco pessoas em um mercado de Natal em Magdeburg, cometido por um imigrante saudita de extrema direita em dezembro passado.
Já em 13 de fevereiro, um afegão atropelou uma multidão em Munique e deixou duas mortas: uma menina de dois anos e a mãe dela.
A questão migratória tem sido um dos temas mais quentes da campanha eleitoral no país, que pode ver a extrema direita, representada pelo partido Alternativa para a Alemanha (AfD), alcançar o melhor resultado desde a era nazista.
As pesquisas colocam o AfD em segundo lugar na preferência do eleitorado, com pouco mais de 20% das intenções de voto, atrás apenas da conservadora União Democrata Cristã (CDU), com quase 30%, e à frente do Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler Olaf Scholz, com 15%. (ANSA).