WASHINGTON, 28 ABR (ANSA) – O jovem de 19 anos de San Diego que ontem (27) abriu fogo contra uma sinagoga de Poway, na Califórnia, seria um supremacista branco. A polícia dos Estados Unidos trata o caso como “crime de ódio”.   

De acordo com a especialista em contraterrorismo Rita Katz, o autor dos disparos que deixaram um morto e três feridos já teria escrito cartas nas quais destilava ódio contra judeus. Em uma das cartas, o jovem, identificado como John Earnest, teria confessado que se inspirara no alemão Adolf Hitler e no australiano Brenon Tarrant, o homem que atacou uma mesquita e um centro islâmico na Nova Zelândia, em março, deixando 50 mortos.   

O suspeito, que está preso, também está sendo investigado pela polícia dos Estados Unidos por um incêndio em uma mesquita na Califórnia no mês passado. A vítima do ataque à sinagoga é uma mulher, Lori Gilbert Kaye, que tentou proteger algumas pessoas dos disparos. Entre os três feridos, há uma garota israelense de 8 anos, Noya Dahan, e seu tio Almog Peretz. A família se mudou da cidade de Sderot, perto da Faixa de Gaza, para tentar uma vida mais tranquila nos Estados Unidos. O terceiro ferido é um rabino da comunidade. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou o atentado na California, definindo-o como “um golpe ao coração do povo judeu”. “A comunidade internacional deve reforçar seus esforços na luta contra o antissemitismo”, pediu.   

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também lamentou a tragédia. “Esse mal deve ser derrotado”, disse o republicano.   

(ANSA)