BOLZANO, 30 OUT (ANSA) – O governo da Áustria anunciou que intensificará os controles sanitários nas fronteiras com a Itália e a Eslovênia durante o fim de semana para tentar frear o avanço do coronavírus Sars-CoV-2 no país.   

A medida foi tomada, especialmente, por conta da volta de inúmeros austríacos que foram aproveitar as férias escolares nos dois países e que devem retornar para casa até segunda-feira (1º/11) – já que esse é o último fim de semana da folga. No entanto, o governo de Viena afirma que a ação não deve provocar problemas de tráfego, especialmente, em Brennero.   

“É previsível que, com o fim das férias de outono, haja um grande número de entradas. Limitar a difusão do vírus é nossa prioridade absoluta. A situação é muito séria”, disse em nota o ministro do Interior, Karl Nehammer, nesta sexta-feira (30).   

Segundo o político, desde o fim de semana passado, foram reintroduzidas as medidas adotadas logo após o fim do lockdown, entre maio e junho, com um reforço nas equipes de policiais e agentes sanitários atuando nos postos de controle. Os que são parados pelos especialistas precisam passar pela medição da temperatura corporal e dar informações sobre o local de partida.   

Entre a última sexta-feira (23) e a quarta-feira (28), das mais de 220 mil entradas, 119.623 pessoas passaram por controles sanitários nas fronteiras, sendo que 136 estrangeiros não foram autorizados a entrar no país e outros 1.324 austríacos receberam a ordem para cumprir um isolamento doméstico.   

Assim como ocorre nos demais países europeus, a Áustria vem enfrentando uma segunda onda de casos de Covid-19 e é esperado que nesse sábado (31), durante um pronunciamento do chanceler Sebastian Kurz, o governo anuncie um “semi-lockdown” para tentar frear o avanço da doença.   

Nesta quinta-feira (29), o país bateu recorde de infecções em 24 horas, com 4.453, se aproximando das 100 mil contaminações desde fevereiro. Já as mortes somaram 29 em um dia, aumentando para 1.082 a quantidade de vítimas da doença desde o início da crise sanitária. (ANSA).