BOLZANO, 11 NOV (ANSA) – O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou nesta quarta-feira (11) que o crime de “Islã político” será instituído na legislação, junto com uma série de medidas contraterrorismo, para combater as falhas de segurança identificadas após o ataque extremista em Viena na semana passada.
“Criaremos um crime denominado ‘Islã político’ para poder agir contra aqueles que não são terroristas, mas criam o terreno fértil para eles”, escreveu o político no Twitter.
Segundo Kurz, as propostas incluem a capacidade de manter presos indivíduos condenados por crimes ligados ao terrorismo, vigilância eletrônica após a libertação e criminalização do extremismo político com motivação religiosa.
O chanceler explicou que as medidas, que serão apresentadas ao Parlamento em dezembro para votação, têm uma abordagem dupla, visando tanto suspeitos de terrorismo quanto a ideologia que os impulsiona.
Entre as possíveis regras também está uma proposta para barrar a cidadania austríaca a pessoas condenadas por crimes relacionados ao terrorismo.
“Haverá outras possibilidades de encerramento de locais de culto, a introdução de um registro de imãs, o símbolo e a lei de associação serão reforçados e serão tomadas medida para drenar os fluxos financeiros para o financiamento do terrorismo”, acrescentou Kurz na rede social.
No último dia 2 de novembro, um jovem de 20 anos deixou ao menos quatro mortos e 20 feridos em diversos pontos de Viena, capital do país. Kujtim Fejzullai, autor do atentado, foi baleado e morto pela polícia. O ato foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI). (ANSA)