Austrália revisa número de mortos em ataque e identifica atiradores

tiroteio

A polícia australiana revisou o número de mortos no ataque terrorista realizado neste domingo, 14, durante uma celebração judaica na icônica praia de Bondi, em Sydney.

+Zema descarta ser vice de Tarcísio e reafirma candidatura à Presidência em 2026

+Enel SP tem 3,6 mil funcionários a menos do que quadro de 2019

Segundo as autoridades, as vítimas fatais somam 15, número atualizado para baixo após uma correção ? anteriormente havia sido divulgado o total de 16 mortos. Outras 38 pessoas ficaram feridas.

Além disso, a polícia identificou que os dois atiradores responsáveis pelo ataque eram pai e filho. De acordo com o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, o pai, de 50 anos, morreu no local, enquanto o filho, identificado como Naveed Akram, de 24 anos, foi levado ao hospital, onde permanece internado.

“O homem de 50 anos está morto. O de 24 anos está hospitalizado”, afirmou ele durante coletiva de imprensa.

O comissário acrescentou ainda que as investigações indicam não haver outros envolvidos no ataque. “Posso afirmar que não estamos procurando outros autores”, destacou.

Informações divulgadas pela ABC Austrália apontam que agentes localizaram dois dispositivos explosivos “básicos” durante uma busca na casa do agressor. Lanyon afirmou que as bombas não haviam sido ativadas, mas se recusou a fornecer detalhes específicos.

“Um desses indivíduos era conhecido por nós, mas não como uma ameaça imediata”, disseram oficiais da inteligência de Canberra.

Duas mulheres também foram levadas à delegacia de polícia.

O ataque a tiros aconteceu durante uma celebração do feriado judaico de Hanukkah, que reunia cerca de 2 mil pessoas no evento conhecido como “Hanukkah à Beira-Mar”.

Entre os 38 feridos levados a hospitais da região estão dois policiais. O estado de saúde das vítimas é grave, embora as circunstâncias variem de caso a caso.

Testemunhas relataram que dois homens vestidos de preto saíram de um veículo na Campbell Parade, próximo ao Bondi Pavilion, por volta das 18h40 (horário local), e abriram fogo contra a multidão.

De acordo com a imprensa australiana, os suspeitos portavam fuzis semiautomáticos. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram cápsulas de balas espalhadas pelo chão e uma espingarda de ação por bombeamento abandonada na praia.

Pelo menos 50 tiros foram disparados contra famílias reunidas na praia para celebrar o feriado judaico em um dos piores massacres antissemitas fora de Israel.

Em comunicado, a polícia de Nova Gales do Sul confirmou que respondeu a relatos de disparos e pediu que as pessoas na região procurassem abrigo. Uma grande operação policial foi montada na área, um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade.

O primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, disse que o ataque foi “planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney”. “No primeiro dia de Hanukkah, o que deveria ser uma noite de paz e alegria foi destruído por um ataque horrível e cruel”, declarou. (ANSA).