A Austrália implantou seu maior navio de guerra nesta segunda-feira (21), em exercícios conjuntos com as Filipinas e os Estados Unidos no disputado mar da China Meridional, uma operação destinada a reforçar seus laços de defesa diante da crescente presença militar de Pequim.

A China enviou centenas de navios da Guarda Costeira e da Marinha para patrulhar e militarizar os recifes nessas águas disputadas, que o gigante asiático reivindica quase inteiramente, apesar de uma decisão internacional que contesta a legalidade dessa posição.

O HMAS Canberra é um dos muitos navios que participam do exercício Alon nas Filipinas, que acontece pela primeira vez como parte da atividade anual Indo-Pacific Endeavor, da Austrália.

Mais de 2.000 militares australianos e filipinos participam dos exercícios aéreos, marítimos e terrestres, de 14 a 31 de agosto, assim como cerca de 150 fuzileiros navais dos EUA.

Nesta segunda-feira, um ataque aéreo foi simulado no sul da ilha filipina de Palawan, a cerca de 200 quilômetros de Spratleys, uma fonte de tensão de décadas entre Manila e Pequim.

Os Estados Unidos, o Japão e a Austrália também organizarão exercícios navais conjuntos nas Filipinas nesta semana.

Em 5 de agosto, uma missão filipina para reabastecer o atol Second Thomas Shoal nas Spratleys foi bloqueada pela Guarda Costeira chinesa com canhões de água, provocando uma disputa diplomática e a indignação internacional.

Nesse posto remoto, a Marinha filipina afundou deliberadamente um velho navio enferrujado, o “Sierra Madre”, em 1999, para usá-lo como base para alguns fuzileiros navais.

Pequim exigiu que as Filipinas retirassem aquele navio e defendeu sua forma de proceder, chamando-a de “profissional”.

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