Austrália, Nova Zelândia e Índia comemoraram, neste domingo (11), o centenário do armistício da Grande Guerra, com atos emocionantes que lembraram os mais de 150 militares destes países que perderam a vida no conflito.

Em Nova Déli, uma multidão assistiu a uma cerimônia solene de homenagem aos homens e mulheres que morreram durante a guerra, que durou 1914 e 1918.

“A Índia não estava diretamente envolvida nesta guerra, mas nossos soldados lutaram em todas as partes para que a paz se impusesse”, declarou no Twitter o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Então colônia britânica, a Índia hoje busca um reconhecimento melhor de sua contribuição para o esforço dos aliados na guerra. Participaram do conflito 1,3 milhão de militares indianos, dos quais 74 mil morreram.

Na Austrália, também foram prestadas homenagens às mulheres e aos homens caídos na guerra.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, mencionou seu sacrifício, especialmente durante a batalha de Fromelles, no norte da França.

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“Eles deram seu ‘hoje’ pelo nosso ‘amanhã’. Em silêncio, permanecemos junto daqueles que voltaram”, declarou o chefe de governo diante de milhares de pessoas reunidas em Camberra.

Durante a Primeira Guerra Mundial, mais de 400 mil pessoas serviram no exército australiano, das quais mais de 300 mil atuaram no exterior. Quase 62 mil morreram. A jovem nação australiana tinha, então, 5 milhões de habitantes.

Mais de 10 mil soldados do corpo do exército australiano e neozelandês (Anzac) permaneceram sobretudo em Galípoli, na Turquia, uma derrota que foi considerada um “batismo de fogo” para o Exército australiano.

– Salva de tiros de canhão –

Na Nova Zelândia, as comemorações começaram com um minuto de silêncio às 11h locais, quando o armistício na França entrou em vigor.

Foi disparada uma salva de 100 tiros de canhões em frente ao mar de Wellington, enquanto batiam os sinos das igrejas de todo o país, além das sirenes dos serviços de emergência e de buzinas de carros.

“Os sinos e o concerto de sons lembraram a onda de alegria e esperança que percorreram a Nova Zelândia quando a notícia do armistício chegou”, disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, no Memorial Nacional da Guerra, em Wellington.

Dezenas de milhares de pessoas assistiram a cerimônias celebradas em todo país.

Mais de 100 mil neozelandeses – um décimo da população da época – serviram no exterior durante a Primeira Guerra Mundial. Ao todo, 18.300 pessoas perderam a vida.

“Nenhuma família, nenhum povoado da Nova Zelândia deixou de sofrer as consequências da guerra”, explicou à AFP Sarah Davies, diretora das cerimônias neozelandesas do centenário.


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