A Austrália anunciou, nesta terça-feira (9), a sua disposição para reconhecer formalmente um Estado palestino, anunciou a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, o que poderia retomar o processo de paz no Oriente Médio e enfraquecer as forças extremistas.

“Reconhecer um Estado palestino – que só pode coexistir com um Israel seguro – não oferece apenas ao povo palestino a oportunidade de realizar as suas aspirações”, declarou ela em Camberra.

“Também fortalece as iniciativas de paz e enfraquece o extremismo. Enfraquece o Hamas, o Irã e outros representantes destrutivos do Irã na região”, acrescentou.

O reconhecimento formal de um Estado palestino foi durante décadas visto como o objetivo final do processo de paz entre palestinos e israelenses.

Os Estados Unidos e a maioria dos países da Europa Ocidental manifestaram a sua disposição de um dia reconhecer um Estado palestino, mas não antes de chegar a um acordo sobre questões espinhosas como o status de Jerusalém ou o traçado definitivo das fronteiras.

A atual guerra em Gaza, desencadeada após o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, reacendeu esta ideia.

“Os fracassos desta abordagem por todas as partes ao longo de décadas – assim como a recusa do governo do [primeiro-ministro israelense Benjamin] Netanyahu em sequer abordar a questão de um Estado palestino – levaram a uma frustração generalizada”, disse Wong.

“Portanto, a comunidade internacional considera agora a questão do Estado palestino como uma forma de impulsionar a solução de dois Estados”, acrescentou.

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