A polícia australiana anunciou nesta sexta-feira (12) que acusou um casal, ambos com passaportes russos, de espionagem por tentativa de enviar informações sensíveis a Moscou.

A mulher de 40 anos e seu marido, de 62, foram acusados de “preparar um crime de espionagem”, afirmou o comissário da Polícia Federal, Reece Kershaw.

A acusação pode resultar em uma pena máxima de 15 anos de prisão.

O casal, que mora há mais de 10 anos na Austrália e tem a cidadania australiana, foi detido em sua casa em Brisbane na quinta-feira.

Nesta sexta-feira, os dois compareceram de maneira separada a uma audiência com um juiz que, segundo a imprensa local, determinou a prisão provisória antes de uma nova audiência em setembro.

A mulher acusada era soldado raso do Exército australiano e trabalhou durante vários anos como “técnica de sistemas de informação”, disse Kershaw.

Ela fez uma viagem “não declarada” à Rússia durante uma licença de longo prazo do Exército, segundo o policial.

Neste país, ela explicou ao marido como acessar sua conta militar em casa.

“Entendemos que o marido teria acessado o material solicitado e o teria enviado para a esposa na Rússia”, disse Kershaw.

“Entendemos que procuravam a informação com a intenção de fornecê-la às autoridades russas”, acrescentou. “Saber se esta informação foi entregue é o foco da nossa investigação”.

Segundo Kershaw, o material estava vinculado a interesses de segurança nacional da Austrália, mas até o momento não foi identificado nenhum “perigo significativo”.

O comissário informou que a mulher obteve a cidadania australiana em 2016 e o marido em 2020.

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