Pablo Marçal (PRTB) afirmou nesta segunda-feira, 19, que Jair Bolsonaro (PL) não reproduziria a atitude do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato que apoia à reeleição para a prefeitura de São Paulo, de não comparecer ao debate promovido pela revista Veja.

Além do emedebista, Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB) também não compareceram com a justificativa de participar de outras agendas de campanha. O site IstoÉ apurou que Marçal foi um dos motivos das ausências.

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Ausência não é novidade

Mas faltar a debates não é um episódio inédito no cenário eleitoral brasileiro e o próprio Bolsonaro, citado pelo ex-coach, fez isso na campanha de 2018, quando foi eleito presidente.

Depois de ser vítima de um atentado a faca durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), o então candidato do PSL se ausentou dos cinco debates restantes do primeiro turno, promovidos entre 9 de setembro e 4 de outubro, por orientação médica.

No segundo turno, embora a equipe médica do hospital Albert Einstein — responsável por acompanhar sua recuperação — considerasse que Bolsonaro já poderia participar dos encontros, o candidato evitou debater com Fernando Haddad (PT). Diante da ausência, as emissoras cancelaram os debates, algo que nunca havia ocorrido em eleições presidenciais desde a redemocratização.

Em 2022, foi a vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se ausentar dos embates. No segundo turno, o petista não compareceu a dois enfrentamentos marcados contra Bolsonaro, promovidos pela Record TV e por um pool de emissoras que incluía SBT e CNN Brasil, sob a justificativa de incompatibilidade de agenda.