O Corinthians pode não contar com a participação do presidente Augusto Melo no sorteio dos grupos da Copa Sul-Americana nesta segunda-feira, dia 18, em Luque, no Paraguai. Melo foi impedido de embarcar ao país por não apresentar o comprovante de vacinação contra a febre amarela. A informação foi inicialmente publicada pela jornalista Monique Vilela e confirmada pelo Estadão.

A cerimônia será realizada na sede da Conmebol, a partir das 20h. O Corinthians é cabeça de chave nos potes do sorteio. Conforme apurado pela reportagem do Estadão, o Melo tenta reverter a situação para chegar a Luque em tempo.

Além da equipe paulista, a competição conta com os brasileiros Red Bull Bragantino, Athletico-PR, Internacional, Fortaleza, Cuiabá, Cruzeiro. A transmissão do evento será feita pela ESPN.

O Paraguai é, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um dos 119 países que exige a comprovação de imunização contra a doença. Isso é previsto por meio de medidas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quando a exigência é obrigatória, até mesmo paradas em escalas, sem sair do aeroporto, é necessário comprovar a vacinação. Desde 2016, o período de validade do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) é vitalício, sem precisar renovar a vacina a cada dez anos como era antigamente.

O Corinthians tem folgas no calendário de jogos depois da eliminação no Campeonato Paulista. A equipe vem de uma vitória por 2 a 0 contra o São Bernardo na segunda fase da Copa do Brasil.

O próximo compromisso oficial é a estreia no Campeonato Brasileiro dia 13 de abril, contra o Atlético-MG, na Neo Química Arena. Antes disso, no próximo sábado, dia 23, a equipe participa de um jogo-treino contra o Santos, na Vila Belmiro. O time santista se prepara para a semifinal do Paulistão, contra o Red Bull Bragantino.

PREVENÇÃO À FEBRE AMARELA

A febre amarela é causada por um vírus transmitido por mosquitos (um deles o Aedes aegypti, também transmissor de dengue, chikungunya, zika). Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas envolvem febre, calafrios, dores de cabeça e no corpo, náuseas, vômito e fraqueza.

Casos graves podem causar doenças cardíacas, hepáticas e renais. O Brasil viveu um surto da doença recentemente, entre os anos de 2016 e 2017. Foi o maior desde 1980, quando os dados sobre a doença começaram a ser registrados pelo Ministério da Saúde. A pasta aponta como necessária a vacinação de crianças ao completarem nove meses de vida e uma dose reforço aos quatro anos. Quem não recebeu a vacina até os cinco anos deve tomar uma dose. Idosos podem receber mais uma dose de reforço.