Auditoria contratada pelo Barça nega que clube tenha tentado difamar nas redes sociais

Uma auditoria independente contratada pelo Barcelona concluiu que “nenhuma campanha de difamação contra alguém foi encomendada”, depois das acusações de que o clube usou uma empresa para influenciar as mídias sociais desacreditando os oponentes do conselho de administração e melhorar sua imagem.

As conclusões da empresa Price Waterhouse Coopers “são que, na contratação feita pelo clube de vários serviços relacionados ao monitoramento e análise de redes, nenhuma campanha difamatória contra alguém foi encomendada e que não houve conduta corrupta”, disse nesta segunda-feira, o porta-voz do clube, Josep Vives, em entrevista coletiva após a reunião do conselho de administração.

O relatório foi encomendado após o surgimento do escândalo em fevereiro conhecido como ‘Barçagate’, que consistia no suposto uso da empresa I3Ventures para supostamente desacreditar os oponentes ao conselho de administração.

A rádio Cadena Ser havia informado então que o Barça teria pagado um milhão de euros por esses serviços, que seriam divididos em vários pagamentos para não passar pelos controles financeiros internos.

Já naquela época, o presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, rejeitou essas acusações, afirmando que essa empresa só fazia trabalhos de monitoramento da Internet para o Barça, clube que também negou que o preço tivesse sido inflado e que tenha havido algum tipo de corrupção.

Nesta segunda-feira, a auditoria concluiu que “o valor dos serviços objeto do projeto contratado estavam dentro de uma faixa de preço de mercado”, acrescentou Vives.

Segundo o relatório, “um preço de referência anual comparável para esses serviços estaria entre 1.300.000 e 850.000 euros”.

“O relatório não diz que tudo foi bem feito, que a administração é impecável, mas diz que não houve difamação”, insistiu Vives.

O chefe dos serviços jurídicos do Barça, Román Gómez Pontí, garantiu, por sua vez, que o fato de dividir o pagamento “não tinha a intenção de esconder nada”, mas sim um “objetivo organizacional financeiro”.

Em abril, vários executivos do Barça renunciaram devido a diferenças com o presidente Bartomeu, mas mostraram seu “desencanto” com o chamado ‘Barçagate’ e um deles, o ex-presidente Emili Rousaud, chegou ao ponto de sugerir que “alguém colocou a mão nessa caixa”, acusações rapidamente negadas pelo Barça.

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