Dezenas de auditores fiscais da Receita Federal ocupavam no final da manhã desta quinta-feira, 14, a entrada principal do gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Eles prometem só deixar o local após serem recebidos pelo ministro para tratarem sobre o reajuste salarial da categoria.

O aumento dos salários dos auditores havia sido acordado em 23 de março com o governo da presidente afastada Dilma Rousseff, mas a categoria ficou de fora dos projetos de recomposição salarial de servidores federais aprovados no Congresso Nacional. Agora, os auditores da Receita pressionam para o que o governo do presidente em exercício Michel Temer edite uma medida provisória garantindo o reajuste.

Embora os auditores impeçam a entrada principal do gabinete de Meirelles, no quinto andar do edifício principal do Ministério, não há movimento na portaria privativa do ministro, por onde ele e seus convidados chegam ao prédio.

Também há um movimento de ocupação no sexto andar, onde funciona parte do gabinete. Entre os dois andares, a estimativa do movimento é da presença de 250 auditores. A assessoria de imprensa da Fazenda ainda não tem um posicionamento sobre o protesto.

Operação Padrão

Como forma de pressionar o governo, os auditores fiscais realizam desde as 10h de hoje uma “operação padrão” em todos os canais de entrada e saída do País. Os trabalhadores pretendem seguir com o movimento durante todo o dia nos portos, aeroportos e postos de fronteira.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O protesto já causa transtorno aos passageiros que chegam do exterior em diversos aeroportos do País. Uma aeronave que vinha dos Estados Unidos para São Paulo teve uma emergência médica e precisou pousar no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek. Os servidores da Receita impediram que passageiros desse voo desembarcassem na cidade.

De acordo com o Sindifisco Nacional, a operação padrão ocorrerá a partir de hoje todas as terças e quintas-feiras no tratamento de cargas e bagagens. Mas haverá exceção para medicamentos, equipamentos hospitalares, insumos laboratoriais e produtos perecíveis.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias