Integrantes do Movimento Brasil Livre, um dos principais grupos que organizaram manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, aparecem em áudios comentando o apoio financeiro de partidos políticos aos atos pelo afastamento da petista. Nas gravações, obtidas pelo portal UOL, são citadas negociações com PMDB, PSDB, SD e DEM.

Desde o início dos protestos, o MBL se apresentava como um movimento apartidário e sem ligações financeiras com legendas políticas.

De acordo com o UOL, em uma gravação de fevereiro de 2016, Renan Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz em mensagem a um colega que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando as “máquinas deles também”.

Em resposta ao portal, Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio e disse que o comitê do impeachment contava com lideranças de diversos partidos, como DEM, PSDB, SD e PMDB. Renan foi filiado ao PSDB entre os anos 2010 e 2015.

A reportagem afirma ainda que o movimento negociou com a Juventude do PSDB ajuda financeira a suas caravanas, como pagamento de lanches e aluguel de ônibus. Ao UOL, o secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira, confirma a autenticidade da gravação, mas diz que a parceria com o MBL não foi concretizada.

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