Conhecida por sua atuação artística e ativista nas redes sociais, Maia Marcella vive uma nova fase e incorpora oficialmente o nome Hazel — um gesto que simboliza não apenas um recomeço, mas também uma resposta à intolerância que enfrenta nas redes sociais.
A mudança acontece em meio a mais uma onda de linchamento virtual, desta vez motivada por uma metáfora que a artista fez sobre a morte. “Sou uma alma”, afirma Maia Hazel. “Não me reconheço no gênero cis ou binário. Sou queer, pansexual — mas, acima de tudo, sou livre”, complementa.
Mais do que uma estratégia de marketing, a artista descreve a adoção do novo nome como um gesto íntimo, uma marca de resistência e recomeço.
Ao ser alvo de ataques, Maia Hazel destaca a superficialidade com que temas profundos ainda são tratados no País: “Eu erro como todo mundo. Mas tem gente que erra com o microfone ligado e acha que tem moral para ensinar o mundo. A morte? A morte não morre. Ela vira música, filme, movimento. Ela vira nome”.
Em suas palavras e postura, Maia Hazel ecoa referências literárias como Fernando Pessoa — “Morrer é apenas não ser visto” — e Clarice Lispector — “A morte é um estado de espírito” — para ressaltar que seu discurso fala sobre renascimento, não sobre violência.
A artista também criticou o comportamento de parte da imprensa, que insiste em reduzi-la a rótulos e títulos que nunca a representaram: “É doloroso ver a arrogância mascarada de jornalismo. Quando se pede, com educação e amor, a correção de um título, a resposta vem com pedras”.