A atriz Constance Wu, de 40 anos de idade, famosa pelos filmes “Podres de Ricos” e “As Golpistas”, revelou em suas redes sociais, nessa quinta-feira (14), que tentou se suicidar depois de ser alvo de ataques de ódio por xenofobia em 2019.

“Olá, pessoal. Faz quase 3 anos que não entro nas redes sociais. Pra ser sincera, ainda estou um pouco assustada, mas estou voltando aos poucos para dizer que estou aqui e enquanto estive fora escrevi um livro chamado Making a Scene. Essa próxima parte é difícil de falar… os ataques na internet ficaram bem graves. Eu me senti péssima com o que eu disse, e depois de algumas mensagens privadas, dizendo que eu, uma atriz asiática, seria uma praga na comunidade asiática-estadunidense, comecei a sentir que nem merecia mais viver, que eu era uma vergonha para os AsAms [asiáticos-estadunidenses], e eles estariam melhor sem mim. Olhando para trás, é surreal que algumas DMs me convenceram a acabar com minha própria vida, e foi o que aconteceu”, começou ela, que é de família taiuanesa.

“Felizmente, um amigo me encontrou e me levou às pressas para o pronto-socorro. Foi um momento assustador que me fez reavaliar muito na minha vida. Nos próximos anos, deixei minha carreira de lado para me concentrar na minha saúde mental. Como estadunidenses não falam sobre saúde mental o suficiente – embora sejamos rápidos em comemorar vitórias de representação – há muita evasão em torno das questões mais desconfortáveis ​​em nossa comunidade. Até meus tuítes se tornaram um assunto tão delicado que a maioria dos meus colegas asiáticos-estadunidenses decidiu que era hora de me evitar ou me colocar na geladeira”, emendou.

“Mas também me fez perceber o quão importante é estender a mão e cuidar de pessoas que estão passando por um momento difícil. É por isso que escrevi meu livro e estou aqui hoje para ajudar as pessoas a falar sobre as coisas desconfortáveis ​​para entendê-las, contar com elas e abrir caminhos para a cura. Se queremos ser vistos, realmente vistos… E precisamos parar de bater uns nos outros (e em nós mesmos)”, completou ela, que disse que o livro “não é um retrato muito agradável de seu hiato, mas tão honesto quanto ela sabe ser”.