Recentemente, atriz Tori Spelling, de 51 anos, que interpretou Donna Martin em “Barrados no Baile“, revelou comer a própria placenta. Mãe de cinco filhos, a artista contou ter duas das placentas guardadas no freezer.

“Não sei de quais filhos [são as placentas] […] Eles dizem que dá sorte comer, ou enterrá-la, ou enviá-la e transformá-la em pó, e colocá-la em cápsulas”, contou.

Tori também disse ter tido a placenta preparada pelo marido, o chef Dean McDermott: “Dean é um chef incrível. Ele cozinhou e temperou, e estava realmente muito bom. Minha mãe me ensinou quando eu era jovem: ‘Experimente tudo uma vez. Se você não gostar, não come de novo’. E eu acredito nessa filosofia”.

Especialistas opinam

Conhecido como placentofagia, o hábito de consumir placenta tem se tornado recorrente, especialmente entre celebridades. Responsável por fornecer oxigênio e nutrientes ao feto e remover seus resíduos durante a gravidez, o órgão tem sido visto como símbolo de fertilidade e saúde, e muitos acreditam que consumi-la pode proporcionar benefícios após o parto.

No entanto, de acordo com a Maternidade Rede D’or, a prática de usar a placenta para fins terapêuticos é cultural e não tem base cultural sólida. Segundo um estudo da Faculdade de Medicina de Northwestern, que analisou 10 pesquisas científicas publicadas sobre placentofagia, a ingestão de placenta não tem benefícios contra depressão pós-parto ou a favor da disposição, lactação, elasticidade, níveis de ferro no organismo ou vínculo materno.

A Maternidade Rede D’or ainda alerta para riscos da prática, incluindo contaminação bacteriana. Isso porque, mesmo processada, a placenta pode abrigar bactérias que podem causar infecções. Em suma, a prática não é aconselhada por especialistas.