Em uma Era saturada de informações, onde a atenção do público é bem disputada, a habilidade de contar histórias que cativam e envolvem se tornou uma das ferramentas mais poderosas para se destacar e impactar a audiência. Sabendo disso, Alice Marcone, atriz, cantora-compositora e roteirista de séries aclamadas como “Manhãs de Setembro” e “De Volta aos 15”, reuniu, abaixo, 5 dicas para construir narrativas que não apenas prendem a atenção, mas também geram conexões profundas.
“Em um mundo onde a concorrência pela atenção é intensa, a arte de contar histórias é uma ferramenta indispensável para criar conexões autênticas e duradouras com a audiência”, afirma Alice Marcone. “Seja em plataformas digitais ou em outras formas de mídia, a habilidade de construir narrativas que ressoam com as emoções e experiências humanas é mais valiosa do que nunca.”
Técnicas de storytelling: “Em uma Era cada vez mais midiática e mediada pelas redes sociais, é evidente que as ferramentas de storytelling podem ser aproveitadas por diversos formatos de produção de conteúdo”. Ela explora desde vídeos-esquetes até branding, ressaltando que o storytelling é um recurso poderoso para conectar emocionalmente o público à mensagem transmitida.
Elementos da narrativa: “Toda história tem começo, meio e fim – ou seja, é sempre um recorte da verdade, que é estabelecido com objetivos específicos.” Ela enfatiza a necessidade de provocar emoções na audiência para gerar engajamento, destacando que “há princípios que me parecem fundamentais para contar (ou representar) uma história em qualquer mídia ou formato.”
Escolha das histórias: Para Alice, sua vocação é dupla: “construir novas narrativas para pessoas como eu, gerando um novo imaginário em relação a pessoas LGBTQIAPN+ e pretas”, mas também explorar questões universais a partir de uma perspectiva única. Ela compartilha: “estou sempre falando das emoções e questões que me atravessam diretamente, porque acredito que este é o material de mais fácil acesso que eu tenho para poder construir minhas histórias.”
Busca de inspiração: Alice expressa sua abordagem à inspiração, afirmando que gosta de ter a escuta aberta para as alteridades, “para tudo o que está lá fora, para as questões urgentes do mundo, da sociedade, que atravessam cotidianamente pessoas como eu e também as diferentes de mim.” Ela destaca a importância de sair de si mesma, explorando notícias, conversas cotidianas e outras histórias para enriquecer seu repertório.
Testes e colaboração: Alice admite sua insegurança e perfeccionismo, revelando que é totalmente dependente dos seus amigos, amores e dos colegas de trabalho, que funcionam como os ‘consumidores teste’ das histórias. Ela destaca a importância de obter feedback confiável antes de compartilhar suas histórias com o público, ressaltando que sem esse olhar de fora e essa interlocução, nunca conseguiria estar satisfeita com uma história.
Construa repertório e invista em autoconhecimento: Alice aconselha a construir um repertório sólido, enfatizando a importância de aprender com diversas fontes. “Leia, assista filmes, séries, vídeos, estude, procure livros técnicos, teóricos e práticos sobre o assunto.” Além disso, ela incentiva um mergulho profundo no autoconhecimento: “Olhe para dentro de si mesmo. Entenda o que te move, o que te emociona, para onde aponta o seu desejo.”