ROMA, 3 OUT (ANSA) – As principais cidades da Itália são palcos nesta sexta-feira (3) de grandes manifestações em defesa da Palestina, após sindicatos terem convocado uma greve geral para protestar contra a interceptação da Flotilha Global Sumud, que planejava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, por Israel em águas internacionais.
Os italianos representavam a segunda maior delegação da missão humanitária, com cerca de 40 ativistas e políticos, atrás apenas dos espanhóis, com quase 50.
A mobilização, convocada pela Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil) e pela União Sindical de Base (USB), acontece apesar de o órgão de vigilância de greves ter definido a paralisação como ilegítima por ter sido convocada de última hora.
Como resultado, diversas escolas ficaram fechadas nesta sexta, enquanto serviços de transporte coletivo sofrem com atrasos e cancelamentos.
Apenas em Milão, segundo a Cgil, a marcha reuniu pelo menos 100 mil pessoas, enquanto agentes das forças de segurança falam em 50 mil participantes. Na capital Roma, a presença é estimada em pelo menos 60 mil indivíduos, que marcharam ao som da canção antifascista “Bella ciao!”.
Já em Veneza, manifestantes bloquearam as ligações por terra entre o continente e o centro histórico e estenderam uma faixa com os dizeres “Gaza livre” no topo do edifício do estacionamento público na porta da cidade antiga.
Em Livorno, na Toscana, ativistas fecharam o acesso ao porto da cidade, dando origem a longas filas de caminhões. “As ruas estão lotadas. Essa reação humanitária de fraternidade e solidariedade é uma coisa da qual temos de nos orgulhar”, disse o líder da Cgil, Maurizio Landini.
Há exata uma semana, outra greve já havia levado 500 mil pessoas às ruas de toda a Itália para protestar em prol da Palestina, enquanto manifestações espontâneas eclodiram na noite de quarta-feira (1º), logo após a interceptação da Flotilha Global Sumud por Israel. (ANSA).