SÃO PAULO, 11 AGO (ANSA) – O dia 11 de agosto foi marcado por diversos atos em universidades brasileiras em defesa da democracia e do estado democrático de Direito no país. Assim como ocorreu em 1977, época da ditadura militar, a “Carta aos Brasileiros” – que já foi assinada digitalmente por mais de 920 mil pessoas – foi lida.   

O maior dos eventos ocorreu na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, que foi a autora da nova carta, e contou com a participação de juristas, advogados, membros do movimento estudantil e artistas.   

O documento em si é apartidário, mas é uma resposta às constantes críticas do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, ao sistema eleitoral brasileiro. E veio após o mandatário convocar uma reunião com embaixadores de diversos países criticando as urnas eletrônicas e apresentando informações falsas sobre fraude eleitoral.   

A carta foi lida por três professoras da USP – Eunice Aparecida de Jesus Prudente, Maria Paula Dallari Bucci e Ana Bechara – e pelo advogado Flávio Bierrenbach.   

No entanto, ao fim da leitura da carta, o público que acompanhou o evento no Largo entoou “Fora Bolsonaro”.   

Pouco antes do evento principal, no mesmo local, foi também lida a carta em defesa da democracia feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O documento foi assinado por grande parte das entidades que representam o chamado “PIB brasileiro”.   

Além de São Paulo, a leitura da “Carta aos Brasileiros” foi realizada em outras universidades e eventos. No Rio de Janeiro, centenas de pessoas participaram do evento na Pontifícia Universidade Católica (PUC), e outros encontros menores também foram realizados. Ainda haverá a leitura na tarde desta quinta-feira na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).   

Também foram realizados atos em cerca de 50 cidades brasileiras e no Distrito Federal. (ANSA).