O sindicato de atores de Hollywood anunciou nesta quinta-feira (13) que a negociação com os estúdios americanos para evitar uma paralisação da indústria terminou sem acordo, o que abre caminho para uma votação para decidir se os intérpretes entrarão em greve.

O Screen Actors Guild (SAG-AFTRA), que representa cerca de 160.000 artistas, incluindo grandes estrelas de cinema, afirmou que as negociações não atenderam suas demandas sobre aumentos salariais e a ameaça representada pelo uso de Inteligência Artificial (IA) na produção de filmes e programas de televisão.

Os negociadores sindicais já recomendaram por unanimidade uma greve ao comitê nacional, que deve votar na manhã desta quinta-feira se deve prosseguir com a ação, de acordo com um comunicado do sindicato.

Os roteiristas estão em greve há mais de dois meses, com piquetes nas portas de estúdios e plataformas de streaming como Disney e Netflix.

Em caso de greve dos atores, a indústria de Hollywood iniciaria uma paralisação que não acontece desde a década de 1960, o que implicaria uma suspensão quase total de filmes e produções televisivas americanas.

Alguns reality shows, animações e programas de entrevistas podem continuar. Mas as séries dramáticas e outras atrações enfrentarão atrasos. E caso as greves sejam prorrogadas, as próximas produções também serão suspensas.

“Estamos muito desapontados que o SAG-AFTRA tenha decidido abandonar as negociações. É uma decisão do sindicato, não nossa”, declarou a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP) na manhã desta quinta-feira.

O sindicato SAG-AFTRA representa grandes estrelas como Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Glenn Close, entre outras, e todos os seus membros já aprovaram uma ação, caso um acordo não seja alcançado.

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