O ator Matteus Cardoso chamou atenção recentemente ao dar vida ao personagem ‘Joel Leiteiro’, na novela ‘Mar do Sertão’, da TV Globo. Em relacionamento sério com o estudante de medicina Bruno Albuquerque, ele fala sobre sexualidade e os desafios do mundo da televisão.

“Acredito muito no direito à privacidade, mas também sei que é extremamente importante que mais pessoas LGBTQIA+ falem abertamente e com naturalidade sobre sua vida”, diz ele.

O artista também ressalta a importância sobre o tema: “Acho importante falar que sou gay justamente para que se compreenda e que se aceite que nós estamos aqui e seguiremos ocupando sem medo e sem vergonha os espaços que nos forem delegados. O tempo de se esconder já passou, agora é tempo de ocupar espaços com orgulho”.

Há pouco tempo atrás, atores preferiram não falar sobre a sexualidade com medo de perder papéis na televisão e trabalhos de publicidade. Hoje, vivemos em uma sociedade mais aberta para que o tema seja tratado com mais cuidado. Matteus comenta também sobre a questão de artistas começarem a se assumir.

“Admiro e respeito muito as pessoas LGBTQIA+ que estiveram e estão na indústria cultural e também não escondem suas vidas pessoais. Se hoje posso falar aberta e livremente sobre minha sexualidade é porque outras e outros antes de mim abriram o caminho e levaram as pedradas e as consequências”, diz.

“O Brasil ainda é cheio de preconceitos, mas estamos aos poucos vencendo e vamos vencer mais. Continuaremos abrindo caminhos para os que virão depois de nós e seguirão revolucionando a indústria da cultura”, completa.

Para finalizar, Matteus pontua o mérito de poder ter sido quem ele é, e deseja que novos talentos possam seguir seus caminhos na arte, sendo sempre quem realmente são.

“Meu maior mérito hoje é não ter vergonha de quem sou nem medo de me aceitar como sou. Nós atores passamos a vida interpretando histórias que não são as nossas, se tomarmos posse com alegria e com orgulho de quem somos conseguimos com virtuose e maestria aceitar as personas e histórias que precisamos interpretar. Sem julgamentos”, finaliza.