O ator Matheus Nachtergaele participou do programa Persona, da TV Cultura, e não conteve a emoção ao falar sobre o suicídio de sua mãe biológica. A poetisa e musicista Maria Cecilia tinha 22 anos quando morreu. O ator, na época, tinha apenas três meses de vida. Além disso, comentou que “sobreviveu” com o auxílio de mães postiças, incluindo de sua madrasta Carmem.

“Uma mãe perdida é uma coisa muito forte, que te marca muito, mas não te define como todo ou para sempre. Sou um órfão típico, um cara sem mãe que sobreviveu à falta dela com a ajuda de mães postiças. Tive uma principal, minha madrasta Carmem, que eu chamo de mãe e casou com meu pai quando eu tinha 1 ano e meio. Foi quem me ensinou tudo, com quem eu tive as maiores brigas e os abraços mais inesquecíveis”, disse.

O depoimento de Matheus foi dado com a foto da mãe ao fundo, em um retrato na parede. No programa, o ator disse também que foi por causa dela que ele seguiu a carreira artística.

“Cecília, minha mãe biológica e também minha mãe artística. Muito por causa dela eu me envolvi com artes, virei ator. Ela era uma poetisa e se matou quando eu era bebê. Por causa dela me envolvi com poesia, literatura e música. Fui perseguindo minha mãe através de coisas que ela gostava, foi uma boa professora”, afirmou.

Por fim, ele conta que só soube do suicídio da mãe quando tinha 16 anos: “Papai me contou do suicídio e me entregou uma pasta com 33 poemas dela. Pela primeira vez na vida, tive contato com uma fala de Cecília”.

As poesias produzidas pela mãe viraram um espetáculo nomeada como ‘Concerto do Desejo’, encenado pelo próprio Matheus Nachtergaele em 2018.

O ator de 52 anos conta com uma série de trabalhos na televisão e no cinema. Um dos principais trabalhos de sua carreira foi no filme nacional ‘O Auto da Compadecida’, dando vida a um dos personagens principais, João Grilo.