Charles Paraventi ficou conhecido ao interpretar por sete anos o professor Afrânio em ‘Malhação’ e esteve à frente do programa ‘Globo Ciência’. Prestes a estrear na novela ‘Gênesis’, da Record, o ator teve anos conturbados em sua vida pessoal.

Em 2006, foi detido duas vezes pela polícia com pequenas quantidades de maconha e acusado de tentativa de suborno pelos agentes, o que ele nega veementemente. Cinco anos depois, Paraventi foi preso acusado pela ex-mulher de agressão.

“Após esses episódios, tive alguns momentos de desespero, em que achei que não conseguiria mais me recuperar. Você constrói uma carreira de 30 anos e, de repente, por conta de episódios infelizes, tudo pode ir por água abaixo. Foi graças a pessoas da própria indústria (audiovisual) que acreditaram em mim que consegui me reerguer. A verdade é que eu nunca parei de trabalhar. Eu saí, sim, da televisão, mas continuei fazendo cinema e outros trabalhos”, contou à coluna de Patricia Kogut.

Sobre a acusação de agressão, ele diz que a situação já foi superada. “Na época, eu já estava separado e com a minha atual companheira, mas tivemos que morar todos numa mesma casa durante um período: eu, minha namorada, minha ex e minha filha. Aí foi pior do que qualquer “Big Brother”. Mas eu nunca encostei nela. Ela fez essa denúncia falsa por conta das brigas e, no fim das contas, fui absolvido. Depois disso, ela e a minha filha foram para São Paulo. Esse episódio foi um desastre para mim, porque abalou a minha relação com a minha filha e não pude vê-la crescer. Mas hoje está tudo superado. Eu já a perdoei e tenho contato com a minha filha frequentemente”, revelou.

Com mais de 50 filmes no currículo, o ator ainda guarda com muito carinho o personagem de Afrânio e revela que ainda é parado na rua.

“Até hoje as pessoas me param na rua e me chamam de professor Afrânio. Ele era muito querido por todos e representa aquilo que eu sempre acreditei que o educador deve ser: divertido e lúdico. Muitos me abordam para saber de mim e o que estou fazendo atualmente”.