Ato de Bolsonaro pela anistia em Brasília tem camiseta ‘faz o Elon’ e discursos duros

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Ato pela anistia em Brasília Foto: Reprodução/Redes sociais

O ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia aos presos pelo 8 de janeiro nesta quarta-feira, 7, lançou uma “nova moda” em Brasília: a de camisetas com imagem do bilionário Elon Musk ironizando o jargão dos petistas que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A concentração da manifestação foi marcada na Torre de TV em Brasília. No local, um vendedor oferecia a R$ 60 uma camiseta verde com os dizeres “Faz o elon Musk”. Aliados de Bolsonaro costumam usar o slogan “Faz o L” para ironizar os apoiadores da gestão petista.

+Por que Bolsonaro marcou ato pela anistia em uma quarta-feira

O ato desta quarta será a primeira vez em que manifestantes bolsonaristas se reúnem em Brasília desde a invasão às sedes dos Três Poderes, no início de 2023. A manifestação busca pressionar o Congresso Nacional a votar o projeto de anistia aos condenados pela depredação, que contém brechas que podem beneficiar Bolsonaro.

A convocação de Bolsonaro ocorreu no mesmo dia em que foi noticiado que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), preparou um projeto de lei alternativo para reduzir a pena dos envolvidos no 8 de Janeiro. O texto do senador, porém, aumenta a punição para os mentores da trama golpista.

Três dias após deixar o hospital em que esteve internado e chegou a ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Bolsonaro participou do ato na capital federal, ao lado de deputados e senadores aliados. Na Avenida José Sarney, que fica entre o Ministério da Justiça e o Palácio do Itamaraty, foram colocados gradis para impedir que os bolsonaristas avancem até os prédios dos Três Poderes.

No carro de som, deputados como Eduardo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG) discursaram e pressionaram o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a votação do projeto de lei para livrar os invasores do 8 de janeiro das penas às quais foram condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).