A mobilização contra o governo do presidente em exercício, Michel Temer, na capital gaúcha, foi marcada por discursos de lideranças sociais e políticas que voltaram a classificar o processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, ainda em curso no Senado, como um ato antidemocrático e inconstitucional.

Os manifestantes levavam cartazes com dizeres “Fora Temer” e “Temer jamais”. Também houve quem lembrasse do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha – algumas faixas pediam a prisão do parlamentar.

A concentração ocorreu na Esquina Democrática, tradicional ponto de manifestações populares em Porto Alegre. As pessoas se reuniram por volta das 17 horas. Mais tarde, começou uma caminhada pelas ruas do centro.

Assim como em outras cidades brasileiras, o ato foi convocado pela Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, com o objetivo de pedir a saída de Temer. De acordo com os organizadores, 10 mil pessoas participaram do protesto em Porto Alegre. A Polícia Militar não fez estimativa de público.

Segundo o presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, a próxima mobilização, que ainda não tem data definida, deverá ocorrer em caráter de greve geral. Uma das principais críticas dos manifestantes se refere à intenção do governo em exercício de colocar em prática uma reforma previdenciária.