O Atlético-MG está lidando com um novo problema fora de campo. O Galo tem 24 ações contra o clube impetradas pelo empresário André Cury, que somadas, superam os R$ 40 milhões.

O agente cobra comissões, cessão de crédito e intermediação em transações envolvendo jogadores para o clube mineiro, como as chegadas de Guilherme Arana, Dylan Borrero e Eduardo Vargas. Só com esses três jogadores, Cury cobra R$ 3,5 milhões em comissões, sendo que o Galo ainda tem mais débitos com o empresário não vencidos das negociações de Borrero e Vargas.

André Cury já tinha ações contra o Atlético-MG na CNRD, da CBF. E agora há processos na Justiça de Minas Gerais e de São Paulo.

André Cury acionou o Galo na 30ª vara cível de Belo Horizonte no dia 12 de abril, solicitando o pagamento de R$ 800 mil referente à venda de Marcos Rocha ao Palmeiras. A Justiça mineira negou o pedido.

Um novo pedido pede para que a Justiça bloqueie valores a que o Galo tem direito a receber sobre os 15% mensais de luvas do Shopping Diamond Mall, empreendimento que o alvinegro possui 49,9% das ações. Somente em 2021, o alvinegro prevê arrecadar R$ 8 milhões.

Cury pediu também que se o Atlético vender sua parte no Diamond Mall, que a parte que cabe ao clube seja bloqueada para abater o débito de R$ 800 mil da venda de Marcos Rocha.

Até possíveis vendas futuras de jogadores do clube, Guilherme Arana, Allan ou o jovem Savinho, tenham valores destinados para quitar a dívida. No caso de Arana, o lucro de sua venda só seria possível se o Atlético comprar o jogador, que foi emprestado até junho pelo Sevilla.

Por enquanto o departamento jurídico do Atlético não irá se manifestar, pois vai aguardar o “Galo Business Day”, evento promovido pelo clube para destrinchar as contas e pendências alvinegras e que será realizado na sexta-feira, 16 de abril.