O Atlético Mineiro cumpriu a missão na Argentina. Sem se abalar com a pressão da torcida do Racing no estádio El Cilindro, em Avellaneda, o time brasileiro suportou as investidas de Óscar Romero e Lisandro López, se defendeu bem e encerrou o jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores sem levar gols. De lamentar, somente as chances desperdiçadas no ataque, o que manteve o 0 a 0 no placar até o apito final.

Com o resultado, o Atlético chegará em situação mais tranquila para o jogo da volta, na próxima quarta, em casa. Uma vitória simples classifica os brasileiros às quartas de final. Um novo empate sem gols leva o duelo para os pênaltis e igualdade com gols favorece o Racing.

A partida da próxima semana ainda não tem local definido. A diretoria do clube mineiro deve anunciar nesta quinta-feira onde o Atlético vai receber o Racing: no Mineirão ou no Independência.

Antes disso, o time mineiro terá outro duelo decisivo pela frente. No domingo, fará o primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, contra o América, no Independência.

O JOGO – Como era esperado, o Racing começou a partida desta quarta tentando fazer valer seu conhecido domínio em casa e a força de sua torcida. Não por acaso criou duas boas chances de gol em apenas três minutos de jogo. No primeiro minuto, Romero finalizou de muito longe na tentativa de encobrir Victor. Em seguida, falta na área levou o goleiro atleticano a trabalhar para evitar o gol.

Os dois lances eram um aviso do Racing à defesa brasileira. A pressão iria aumentar até o fim do primeiro tempo, porém sem efetividade do ataque argentino. Tanto que a melhor oportunidade foi a jogada em que os anfitriões balançaram as redes, aos 11, em lance irregular. Grimi estava em posição de impedimento ao finalizar para o gol.

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Daí até o fim da etapa, o Racing tentou impor pressão, com momentos mais agudos, em que a defesa atleticana precisou apelar para chutões. Mas não exigia maior empenho de Victor. O Atlético era sólido na defesa graças à formação de três volantes, com Rafael Carioca, Leandro Donizete e Júnior Urso, sem tanta liberdade, como nos últimos jogos.

Em uma das poucas investidas do volante no ataque, o Atlético criou a melhor chance do primeiro tempo. Foi a partir de uma boa troca de passes pelo lado esquerdo que Dátolo cruzou da esquerda e Júnior Urso surgiu por trás da defesa para cabecear rente à trave direita do goleiro Saja, aos 47 minutos.

Sem “agredir” a defesa atleticana, o Racing voltou para o segundo tempo ainda mais determinado a buscar o primeiro gol. Antes do primeiro minuto, Victor já brilhava para fazer grande defesa, em finalização cruzada de Óscar Romero, irmão de Ángel Romero, do Corinthians. Aos 6, um chute desviado na zaga também deu trabalho ao goleiro.

Diante das dificuldades do Racing, a preocupação da torcida argentina extrapolou as arquibancadas. Robinho, ao se preparar para cobrar um escanteio, foi atingido por objetos lançados pelos torcedores da casa. O atacante chegou a cair no chão para reclamar, mas não se machucou. O momento negativo da partida não teve qualquer consequência. Assim como o lance atleticano, apesar da boa cabeçada de Erazo, por cima do travessão.

A chegada do zagueiro e um contra-ataque de Robinho, na sequência, deixaram a partida mais aberta. O Racing tentava aproveitar os espaços na defesa brasileira, enquanto Lucas Pratto e o próprio Robinho surpreendiam a zaga argentina, num duelo franco.

Para o time argentino, o auge desta troca de ataques aconteceu aos 18, quando Lisandro López acertou a trave. Do lado brasileiro, as melhores chances aconteceram aos 25 e 26. Em lances seguidos, Robinho e Urso perderam gols cara a cara com o goleiro Saja.

O confronto durou até os 30 minutos, quando as duas equipes demonstraram certo cansaço. Do lado do Atlético, o técnico Diego Aguirre trocou Robinho por Cazares e perdeu intensidade no ataque. O Racing ainda tentou acelerar nos minutos finais, mas sem maior perigo e sem alterar o placar.

FICHA TÉCNICA:

RACING 0 x 0 ATLÉTICO-MG

RACING – Saja; Pillud, Vittor, Sánchez, Grimi (Gastón Diaz); Videla, Aued, Noir (Lautaro Martínez), Acuña, Óscar Romero; Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.

ATLÉTICO-MG – Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo, Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Júnior Urso, Dátolo (Clayton); Robinho (Cazares) e Lucas Pratto. Técnico: Diego Aguirre.


CARTÕES AMARELOS – Leonardo Silva, Rafael Carioca, Acuña, Júnior Urso.

ÁRBITRO – Julio Quintana (Paraguai).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio El Cilindro, em Avellaneda, na Argentina.


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