Atlético-MG e Lanús fazem novo duelo Brasil x Argentina na final da Sul-Americana

Com Hulk de um lado e Eduardo Salvio do outro como destaques, Atlético-MG e Lanús farão neste sábado (22), em Assunção, a final da Copa Sul-Americana em um novo duelo da clássica rivalidade entre brasileiros e argentinos.

De Belo Horizonte à província de Buenos Aires, os dois clubes de grandes torcidas lutarão pelo segundo troféu mais importante do continente e por uma vaga na Copa Libertadores de 2026.

Sob o comando do argentino Jorge Sampaoli e contando com o ídolo Hulk dentro de campo, o Galo busca sua primeira Sul-Americana.

Já o Lanús, dirigido pelo técnico Mauricio Pellegrino, quer o bicampeonato da competição 12 anos depois do primeiro título.

Antes da final, que começará às 17h (horário de Brasília) no estádio Defensores del Chaco, as ruas da capital paraguaia deverão ser tomadas por torcedores brasileiros e argentinos.

– Jogo estratégico –

O Atlético-MG eliminou o Independiente del Valle na semifinal e agora terá o Lanús pela frente em outra decisão entre brasileiros e argentinos, como aconteceu no ano passado, com a vitória do Racing sobre o Cruzeiro.

Embora favorito, o Galo está ferido. Em 2024, o time foi vice-campeão da Libertadores, derrotado pelo Botafogo, e este ano ocupa o meio da tabela do Campeonato Brasileiro.

Para voltar aos trilhos, o clube contratou Sampaoli em setembro, um treinador que consolidou um sistema ofensivo rápido, sem um centroavante de origem, no qual Dudu e Rony se movimentam com liberdade.

Na defesa, Sampaoli estabeleceu uma linha de três zagueiros, que se tornou sua marca registrada.

Hulk, artilheiro do Atlético no século com 134 gols, deve começar no banco de reservas, mas continua sendo o principal jogador da equipe, tendo marcado um gol crucial na semifinal contra o Del Valle.

“As finais não são bons jogos normalmente, são jogos muito mais estratégicos, então temos que estar preparados para as diferentes facetas do jogo”, afirmou Sampaoli em entrevista à Conmebol.

Se vencer, o Atlético, campeão da Libertadores em 2013, será o terceiro clube brasileiro a ter os dois troféus mais importantes da América do Sul, junto com Internacional e São Paulo.

– Responsabilidade –

No extremo oposto da personalidade explosiva de Sampaoli, o Lanús tem no comando o sereno e reflexivo Mauricio Pellegrino, que como jogador foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Vélez Sarsfield em 1994.

Seu estilo de educador se encaixou perfeitamente no Lanús, com um elenco que mescla jovens promessas formadas no clube como Agustín Medina, de 19 anos, com veteranos como os ex-Boca Juniors Carlos Izquierdoz e Eduardo Salvio.

Salvio, que disputou a Copa do Mundo de 2018 pela seleção argentina, é a referência da equipe, que deixou para trás o Vasco na fase de grupos e eliminou o Fluminense nas quartas de final.

O segredo? Um elenco com jogadores voluntariosos.

“É uma responsabilidade, mas também algo lindo para nós poder dar uma alegria a uma torcida tão grande”, disse Salvio à Conmebol.

– Escalações prováveis:

Atlético-MG: Everson – Ruan, Vitor Hugo, Junior Alonso – Gustavo Scarpa, Alan Franco (Alexsander), Igor Gomes, Guilherme Arana – Bernard, Dudu, Rony. Técnico: Jorge Sampaoli.

Lanús: Nahuel Losada – Gonzálo Pérez, Carlos Izquierdoz, José Canale, Sasha Marcich – Agustín Medina, Agustín Cardozo – Eduardo Salvio, Marcelino Moreno, Alexis Segovia – Rodrigo Carrillo. Técnico: Mauricio Pellegrino.

Árbitro: Piero Maza (CHI).

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