Sem contar com quatro jogadores titulares e os principais nomes da sua comissão técnica, com covid-19, além dos selecionáveis, o Atlético-MG viu cair uma sequência de 15 jogos de invencibilidade no Mineirão ao perder para o Athletico-PR, na noite desta quarta-feira, por 2 a 0, pelo Campeonato Brasileiro. O time foi comandado por Leandro Zago, que condicionou o revés às mudanças de última hora na equipe.

“O Athletico veio como a gente esperava, marcando em linhas baixas. Tivemos que movimentar a bola com velocidade, e isso exige muita coordenação, a qual fazemos muito bem. Mas hoje não conseguimos. As trocas de última hora tiveram um impacto muito grande. Não conseguimos ser agressivos. Tentamos várias alternativas que foram passadas pela comissão do Sampaoli. Infelizmente não conseguimos criar chances claras”, analisou o interino.

Leandro Zago entendeu que o time sofreu muito com o contra-ataque do adversário. “O Atlético tem uma identidade que todos conhecem. Quando acaba perdendo a coordenação desse movimento, você acaba sofrendo no contra-ataque. E isso vem com treino. As mudanças de últimas hora atrapalharam nesse setor. O Athletico pouco atacou com a bola. Eles fizeram a diferença no contra-ataque”, explicou.

Apesar de admitir que a perda de jogadores foi um dos fatores que culminou na derrota do Atlético, Zago não enxergou a equipe prejudicada pela covid-19, uma vez que muitos clubes já passaram pela mesma situação de ter desfalques por causa da pandemia.

“Desequilibra um momento para um lado, em outro momento para outro. Já aconteceu com outras equipes. Está acontecendo com a gente. Temos que estar preparados. Precisamos tomar prevenções para evitar. Vai fazer a diferença o que a gente conseguir fazer nesses jogos com impactos grandes dos contaminados”, falou.

Apesar da derrota, o Atlético-MG segue na liderança do Campeonato Brasileiro, com 38 pontos, dois a mais do que o Internacional, em segundo. O São Paulo, em terceiro, soma 36, com três jogos a menos.