A missão do Corinthians era plausível, porém de difícil execução. Após perder em casa para o Atlético-GO por 2 a 0, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, a equipe do técnico Sylvinho precisaria vencer por três gols de diferença (ou dois e ainda ganhar nos pênaltis) para avançar às oitavas de final. O problema é que, em 11 jogos na temporada, a equipe rubro-negra havia vencido sete e empatado outras quatro. O resultado mais provável prevaleceu, o jogo ficou no 0 a 0 e o time de Goiás segue na competição, enquanto o Corinthians terá apenas o Campeonato Brasileiro até o final da temporada.

A equipe de Goiânia começou a partida administrando a sua boa vantagem com inteligência. O time tocava a bola em seu campo de ataque, tentando construir suas jogadas mais agudas com calma.

Aos 18 minutos da primeira etapa, um susto. Igor Cariús, zagueiro do Atlético-GO, e Luan, atacante do Corinthians, bateram cabeça com cabeça e o defensor do time goiano levou a pior. Ele ficou estirado no gramado e precisou ser socorrido pela ambulância.

Quando os médicos chegaram para prestar atendimento, ele já estava consciente, mas mesmo assim teve o pescoço imobilizado e foi levado para o Hospital Neurológico de Goiânia para ser submetido a uma série de exames.

Após o reinício do jogo, a primeira boa chance de gol foi do Corinthians. Aos 28, Gustavo Mosquito recebeu pela direita, puxou a bola para a esquerda e bateu colocado da entrada da área, mas a bola passou rente à trave do goleiro Fernando Miguel – foi a única chance real de gol da primeira etapa.

Depois, as duas equipes travaram um embate de muita marcação e pouca criatividade. O Corinthians, que precisava atacar para tentar diminuir o prejuízo, mal conseguia armar uma jogada ofensiva com mais qualidade.

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O segundo tempo começou da mesma forma, com uma disputa intensa pelo meio-campo, com os dois times usando muito pouco os lados do campo.

A primeira boa chance do Atlético-GO na segunda etapa (e no jogo) surgiu aos 11 minutos. Em contra-ataque após Araos perder a bola, Zé Roberto abriu para Dudu entrar pela direita, na entrada da área, livre. Ele dominou e bateu firme, para boa defesa de Cássio.

O Corinthians respondeu rápido. Aos 14, Cantillo achou Gustavo Mosquito por trás da defesa do time goiano. O atacante entrou sozinho, cara a cara com Fernando Miguel e tentou dar um toque na saída do goleiro, que se esticou e fez uma excelente defesa, na melhor chance do jogo até aquele momento.

Após uma chance para cada lado, o jogo mais uma vez voltou a ficar muito mais “brigado” na intermediária, longe dos goleiros das duas equipes. O Corinthians ainda tentava abrir as jogadas pelos lados do campo, mas o cruzamento era muito mais para os atacantes disputarem a bola com a defesa do que um passe para gol.

Sylvinho ainda tentou mexer no time e mandou a campo Jô, Ramiro, Adson, Léo Natel e Mateus Vital, mas o time ainda tinha dificuldade para finalizar. Jô ainda criou uma chance em um cruzamento aos 40 minutos, quando desviou para Adson chutar por cima do gol.

Por fim, o Corinthians produziu muito pouco para um time que tinha a necessidade de vencer por pelo menos dois gols de diferença. O time volta a campo no sábado, às 19h, no clássico com o Palmeiras no Allianz Parque – no confronto dos eliminados da Copa do Brasil, quem perder poderá entrar em uma grande crise.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-GO 0 x 0 CORINTHIANS

ATLÉTICO-GO – Fernando Miguel; Dudu, Nathan Silva, Éder e Igor Cariús (Arthur Gomes); Willian Maranhão, Marlon Freitas e João Paulo; Ronald (Pablo Dyego), Zé Roberto (Lucão) e Natanael.Técnico: Eduardo Barroca.

CORINTHIANS – Cássio; Bruno Méndez, João Victor (Ramiro), Gil e Lucas Piton; Roni, Cantillo, Gabriel (Adson) e Araos (Mateus Vital); Gustavo Mosquito (Léo Natel) e Luan (Jô). Técnico: Sylvinho.

CARTÕES AMARELOS – Gabriel, Bruno Méndez, Natanael, Ramiro, Raul Gustavo e Pablo Dyego.


ÁRBITRO – Caio Max Augusto Vieira (RN).

RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.

LOCAL – Estádio Antônio Accioly, em Goiânia (GO).


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