Com rumores cada vez mais fortes sobre uma nova paralisação do futebol por conta da pandemia, alguns clubes e membros do futebol profissional brasileiro se posicionaram sobre a questão. O Atlético-GO usou suas redes sociais para emitir uma nota oficial na qual defende a continuidade dos campeonatos.

Na justificativa, o clube alega que com base na ciência “não há local mais seguro que o ambiente do futebol”.

Vale lembrar que, mesmo com os protocolos adotados pela CBF, o contágio da Covid-19 ocorreu na última temporada e continua gerando pequenos surtos como no Corinthians nesta semana, que desfalcou a equipe para o clássico contra o Palmeiras na última quarta-feira (3).

Se para os jogadores, até o momento, não houve nenhum caso de complicações no País, o mesmo não pode-se dizer para os membros do entorno que trabalham para que os jogos ocorram. O próprio Atlético-GO tem um de seus seguranças, Marcelo Ricardo, internado na UTI por conta da Covid-19.

Apesar disso, o clube já enfrentou casos de Covid-19 ao longo do Brasileirão e, atualmente, tem o segurança Marcelo Ricardo, conhecido como Marcelão, internado em uma UTI por causa da doença, conforme apuração do GE.

No ano passado, o Botafogo perdeu o motorista do ônibus do clube, conhecido como Maurão, por conta da Covid-19. No Flamengo, Jorginho, massagista do rubro-negro há 40 anos, foi outra vítima da doença. Não é possível comprovar que esses funcionários foram infectados durante o exercício da profissão em seus times, mas também não se pode cravar que o staff envolvido para a realização dos jogos esteja imune a complicações do novo coronavírus.

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Leia a íntegra da nota:

Nota oficial – o futebol não pode parar

A grande vantagem que temos diante da pandemia de Covid-19 é a ciência. O Atlético Goianiense acredita convictamente na ciência e, por isso, o clube reitera que não há local mais seguro que o ambiente do futebol.

Controle

Semanalmente atletas e staff são testados pelo menos duas vezes, com controle interno de infectados e profissionais que apresentam qualquer tipo de sintoma. Do ponto de vista científico o futebol brasileiro não contribui para propagação do vírus, já que existe o controle de todos os envolvidos em treinamentos e jogos.

Sob responsabilidade dos clubes, os atletas ficam restritos e sob aporte do ambiente de trabalho, com orientações de médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos que ajudam os profissionais no dia a dia. Com a paralisação do futebol, perderemos a oportunidade de monitorar todos os envolvidos e, com isso, a tendência é um aumento do número de casos de infecção pelo vírus.

Atualmente os clubes de futebol estão muito mais preparados para lidar com a situação em referência ao ano passado. O futebol serve de exemplo para todos, já que se as pessoas fossem testadas da maneira que os clubes atualmente testam seus jogadores, o país estaria melhor resguardado.

Questão econômica

Caso o futebol seja suspenso novamente, os clubes estarão comprometidos do ponto de vista financeiro, sufocando suas folhas salariais e, inevitavelmente, demissões e suspensões de contratos serão concretizadas. São profissionais das áreas administrativa, comercial, serviços gerais, cozinha e, com certeza, do departamento de futebol profissional e de formação de atletas, que estão sob risco de perderem os seus empregos.

Torcida

Já são quase 12 meses sem a presença das torcidas nos estádios de futebol. É importante frisar que o futebol é a grande paixão do brasileiro e, por isso, é grande incentivador para que as pessoas busquem ficar em casa para acompanhar seus clubes do coração. Isso ajuda os governos a manter as famílias isoladas dentro de casa.

Conclusão

Posto todos os pontos, o Atlético Goianiense reitera a sua posição de ser frontalmente contra a paralisação do futebol. O clube entende que o momento exige maiores cuidados, entretanto, também exige atitude firme de todos os envolvidos. O futebol se mostrou um ambiente seguro e que deve ser o exemplo para toda a sociedade no controle e combate a pandemia.

Atlético Clube Goianiense
Diretoria