O grupo da seleção brasileira feminina está completo. Nesta quarta-feira, 19 atletas se apresentaram à concentração da equipe em Sidney, na Austrália. Com a chegada das jogadoras, a comissão técnica conta com as 23 convocadas para o início da preparação com foco nos dois amistosos diante da Austrália, neste sábado e na próxima terça, ambos no Commbank Stadium.

Além das atletas, a coordenadora de seleções femininas, Duda Luizelli, também se apresentou nesta quarta-feira. Na terça, parte da delegação já havia desembarcado na Austrália. O grupo foi formado pela comissão técnica, além das meias Andressa Alves e Ary Borges e as goleiras Karen e Lorena.

Seguindo o protocolo sanitário do governo australiano, as atletas passarão por quarentena obrigatória. Na chegada ao hotel, o grupo refez os exames de PCR para detectar possíveis casos de covid-19 e, posteriormente, seguiram para os quartos individuais, onde ficarão até que os resultados estejam disponíveis. A previsão é que as jogadoras sejam liberadas do isolamento social nesta quinta-feira e, assim, iniciar a preparação para os dois amistosos.

Na história recente do futebol feminino, Brasil e Austrália ganharam um capítulo especial. Entre jogos amistosos e competições oficiais, os duelos são marcados pelo equilíbrio e uma rivalidade crescente. Em Jogos Olímpicos e Mundiais, por exemplo, as duas seleções se enfrentam sete vezes, com cinco vitórias brasileiras e duas australianas.

A meia Andressa Alves sabe bem o que é enfrentar as australianas. Figurinha carimbada na seleção principal desde 2012, a jogadora da Roma já foi eliminadas pelas rivais no Mundial de 2015 e, no ano seguinte, esteve em campo na revanche nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Desta vez, melhor para o Brasil que nas quartas de final da competição despachou as adversárias.

De olho nos próximos compromissos, Andressa apontou o que espera do reencontro entre as duas seleções. “A expectativa é alta. Recentemente jogamos contra a Argentina, e o nível é diferente. A Austrália é muito forte e intensa fisicamente, vai ser um desafio pra gente. Precisamos jogar contra grandes seleções para cada dia melhorarmos e chegarmos bem preparadas para a Copa América e conseguir o nosso objetivo que é a vaga, e assim, poder disputar a Copa do Mundo”, destacou.

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Apesar da pouca idade – como Andressa gosta de ressaltar em brincadeiras – aos 28 anos, a meia já tem um longo currículo com a seleção brasileira. No duelo diante do Canadá, válido pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, completou 100 jogos com a camisa do Brasil. Agora recebe uma nova geração de atletas que pedem passagem na renovação da equipe principal.

“Todo mundo fala isso de ‘experiente’, mas gente eu só tenho 28 anos, viu? Eu só sou experiente porque estou aqui na seleção há mais de 10 anos (risos). Mas a gente fica muito feliz pela renovação, todas as seleções no mundo passam por isso. A gente tem grandes atletas, a seleção sub-20 tem grandes atletas, as meninas que vêm jogando o Campeonato Brasileiro estão fazendo grandes jogos, então é uma geração diferente e que pode dar grandes frutos. Essa geração pode mudar a história do futebol feminino, por isso, no que a gente puder acelerar nessa renovação, que já era pra ter acontecido antes. Sem esquecer também das veteranas, porque essa mescla dá muito certo na Seleção”, exaltou.

“A (técnica sueca) Pia (Sundhage) tem pedido para que sejamos mais ofensivas e criativas, que o meio de campo seja mais dinâmico para que a gente consiga colocar mais bola para as atacantes. Assim, teremos a oportunidade de usar o um contra a um e chegar na linha de fundo. Ela tem pedido um pouco mais de velocidade e intensidade para o ataque”, finalizou Andressa Alves.


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